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Continuar lendoFamília é um termo que nasce de autoridade e toma um novo significado, sendo sinônimo de união e amor. Durante muito tempo, em tempos primórdios, os grupos familiares eram chefiados por mulheres, quando a ideia de pai ainda nem existia. Com o tempo, os homens tornam-se figuras importantes na formatação social e começam a chefiar pequenos grupos nas comunidades, grupos parecidos com o que conhecemos hoje como família. E é assim, com essa nova organização social e familiar, que nascem os pais.
Em tempos não tão remotos, a função do pai era muito ligada a de provedor e chefe de família, ficando para a mãe o papel mais afetuoso e de educação. Os anos se passaram e, bem, estamos em 2021. Com a evolução politico-social, a função de pai passa a ser também o de companheiro e amigo, dividindo as responsabilidades sócio-emocionais com as mulheres. Um equilíbrio para que a cumplicidade seja peça fundamental na paternidade.
Vamos conhecer a história de algumas famílias que, recentemente ou não, cruzaram seu caminho com a Medicina.
Keite e Junior
Keite Araújo sempre sonhou em estudar Medicina em Salvador. A jovem chegou a ingressar em outra faculdade no interior, mas desistir de um sonho não é exatamente parte do perfil dela. “Meu pai me ensinou que a gente nunca deve desistir daquilo que sonha. E assim tem sido durante toda a minha vida. Eu sempre persisto e insisto naquilo que eu quero, graças aos seus ensinamentos”, conta Keite que ingressou na Medicina UniFTC pelo processo de transferência externa.
O comerciante Joselito Junior é o pai orgulho de Keite. Mais do que perseverança, a estudante de Medicina nos conta que o exemplo do pai lhe ensinou sobre responsabilidade e força de vontade. O pai de Keite começou a trabalhar muito cedo e transformou a venda dos geladinhos e pirulitos em um comércio próspero no interior da Bahia.
Ao falar do pai, que para ela é o melhor do mundo, Keite se emociona. “Tudo que eu sou e tudo que eu serei, eu devo a ele”, diz com os olhos marejados. E, com essa declaração, percebemos que o papel do pai na vida da estudante vai muito além daquele papel que falamos antes do pai provedor, né? Estamos falando de suporte, de apoio, daquilo que faz alguém se inspirar e não desistir. “Meu pai é uma das pessoas que mais me admira, mais me estimula”, completa.
Marconi e Rayssa
Os desafios de Marconi Chaves são múltiplos. O cara é professor de Fisiologia e Anatomia em alguns cursos de Saúde da UniFTC, estudante de Medicina na UniFTC e pai da adolescente Rayssa, de 14 anos. A gente nunca mais vai reclamar de falta de tempo depois dessa.
Rayssa também não tem muito o que reclamar, viu? Para Marconi, apesar do tempo investido na segunda graduação em Medicina, não há nada mais importante do que a família. “Ser pai é muito grande, né? É ser amor. Ser um pouco de carinho, afeto, responsabilidade e exemplo”, diz Marconi o que a parternidade representa para ele.
O legado de ética, respeito e seriedade que Marconi tenta passar para a filha através da sua conduta se mescla à parceria e proximidade que ele tenta construir com a adolescente diariamente. “Quando eu estou em família, eu me jogo. Eu deito no chão, vejo filme de comédia com ela, rindo, a intenção é participar e estar mais próximo, apesar da vida correria”, conta.
Quer saber mais sobre a paternidade para Marconi? Veja o vídeo que a Rede UniFTC preparou e no qual ela participa, representando a Medicina UniFTC.
Almério e Adelmo. E Adelmo, Sarah e Bruna 🙂
Pai não é tudo igual. Mas na família Machado, todos eles seguiram o mesmo caminho: a Medicina. O legado que começou com o médico Adelmo de Souza Machado, passou para o seu filho Almério, precursor da Medicina Respiratória na Bahia, chegou à terceira geração, com os irmãos Adelmo Neto e Almério Junior.
Adelmo Machado Neto é pneumologista, docente da Medicina UniFTC e personagem principal dessa história – pelo menos nesse capítulo. “Eu não sei como explicar, a Medicina faz parte da história de minha família e surge como uma opção no horizonte de possibilidade de uma forma muito natural”, conta o professor.
De tão natural, a Medicina segue seu curso na família Machado e alcançou mais uma geração com as filhas de Adelmo, Sarah e Bruna. “Eu nunca pressionei para que elas fizessem Medicina”, jura o médico pouco antes de confessar: “O dia mais feliz de minha vida foi o dia em que vi Sarah se formar. Agora eu estou ansioso para a formatura de Bruna, que ainda está no quarto período”, disse Adelmo, que teve a sorte de ser aluno do pai e professor da filha mais velha.
Sarah e Adelmo
A Medicina faz parte da vida de Sarah desde a infância – seja pela lembrança vívida dos instrumentos que o pai levava na maleta de couro ou pelas conversas sobre a rotina da clínica. Ainda menina, ela não sabia o significavam os termos técnicos ou para que servia o esfigmomanômetro na tal maleta, mas já reconhecia a devoção do pai à carreira pela alegria com que falava dos resultados do tratamento de um paciente ou pelo compromisso em seguir estudando.
“Meu pai é muito realizado enquanto médico, ele gosta muito de trabalhar e tem uma relação boa com pacientes e colegas. Então sempre me pareceu Embora meu pai nunca tenha me dito ‘faça Medicina’, vê-lo trabalhando com vontade e bom humor, estudando muito, acabou me influenciando”, conta Sarah que se formou em Medicina pela UniFTC e hoje faz residência em Anestesiologia.
A residência foi o ponto fora da curva para a jovem médica, que diz sentir a pressão natural entre os colegas para seguir no ramo da pneumologia, como seu pai e avô. Mas Sarah é a protagonista nessa parte da história, certo? Então “natural” mesmo é que ela escolhesse um rumo só seu.
Do pai, ela diz que quer levar para a sua própria carreira “o prazer em trabalhar, a vontade de continuar estudando, de me atualizar, o prazer no contato com os jovens médicos, o carinho e respeito pelos que vieram antes na Medicina”.
Na entrevista com Adelmo, o médico e professor pontuou que observa uma tendência a cada geração de médicos da família Machado – um maior cuidado consigo. Da total devoção de seu pai, que permeneceu no consultório até os 86 anos e jamais praticou exercícios físicos; passando por ele, que já investiu mais na própria saúde. Sem ouvir o relato do pai, Sarah confirma a teoria e diz que, dele, não pretende herdar a sobrecarga de trabalho.
“Por mais que a gente goste de trabalhar, é saudável estabelecer um limite e valorizar o tempo livre (ou até o ócio). É fundamental priorizar nossa própria saúde, entender que nossas ações tem limites, que somos falíveis e cansamos também. Não só meu pai, mas é muito comum ver médicos sobrecarregados. Então eu gostaria de não trabalhar tanto a ponto de ter menos tempo pra minha saúde e lazer”, explica.
Daqui, esperamos que a Medicina do Futuro tenha a consciência de Sarah, a paixão de Adelmo, o pioneirismo e dedicação de Almério, a entrega de Marconi e a sede de realização de Keite. Daqui, desejamos um feliz dia dos pais a todos os pais da Medicina UniFTC.