Infográfico: Entenda o que faz um Bacharel em Direito
Oláaa, vestibulando(a)! 🙂 Vamos falar um pouquinho sobre a Graduação em Direito? Formar-se no […]
Continuar lendoO carnaval é considerado uma das maiores festas populares do ocidente. Historiadores acreditam que a festa, que antecede o período da Quaresma, tenha surgido oficialmente na Idade Média, mas ele só chegou ao Brasil junto com a corte portuguesa.
Foi a partir do século XX que a folia começou a tomar uma grande proporção, tornando-se uma das maiores festividades da nossa cultura popular. Neste período, foram incorporados elementos das diversas culturas presentes no país, desenvolvendo características próprias em cada região, o que dá o tom de originalidade do carnaval brasileiro.
Em 2021, o colorido do glitter, a criatividade das fantasias e as multidões ensandecidas não puderam ocupar as ruas do país, mas para reforçar a importância do Carnaval para os brasileiros, reunimos algumas curiosidades sobre “A Maior Festa do Planeta”:
Em Salvador, o trio elétrico é um dos protagonistas da festa de rua. Trata-se de um grande caminhão adaptado com aparelhos de sonorização, que chega a pesar 35 toneladas, em média. A estrutura é inspirada na “fobica”, um velho Ford 1929, customizado nos anos 50 pelos amigos Dodô e Osmar. Uma fonte ligada à corrente de uma bateria de automóvel era responsável por alimentar a carga para o funcionamento de alto-falantes instalados no carro. E assim, em plena tarde do domingo de Carnaval, a fobica foi inaugurada arrastando milhares de pessoas da Ladeira da Montanha em direção à Praça Castro Alves e Rua Chile.
A “dupla elétrica” Dodô e Osmar também foi responsável pela criação de um outro elemento importantíssimo do carnaval de Salvador: a guitarra baiana. Conhecida, primeiramente, como pau elétrico, chegou a ganhar o nome de cavaco ou cavaquinho de trio e, em meados da década de 70, foi redesenhada e rebatizada com o nome de guitarra baiana por Armandinho Macedo (filho de Osmar). Por muito tempo o instrumento era a única voz do trio elétrico, que só veio a ter cantor a partir de 1975.
Os blocos de índio, afro e afoxés representam resistência no carnaval de Salvador. Entre o fim dos anos 60 e meados da década de 70, os blocos de índio começaram a ser criados. O que pouca gente sabe é que eles não eram, de fato, compostos por povos indígenas, mas sim por negros e por pessoas mais pobres – diferente dos clubes e blocos da elite. E também não eram inspirados nos indígenas brasileiros, mas sim no estereótipo do índio americano, influenciados pelo cinema de cowboys e faroeste.
Maragojipe, cidade localizada no recôncavo baiano, mantém a festa de rua há mais de 100 anos com as tradicionais fantasias usadas nos carnavais do século XIX. Chamados de entrudos, eram celebrações em que a cultura europeia pagã e cristã entrava em contato com as culturas africana e indígena brasileiras. As máscaras usadas pelos foliões são inspiradas nos trajes venezianos e nos personagens do teatro popular italiano e francês commedia dell’arte: arlequins, pierrôs e colombinas. Em 2009, o carnaval foi tombado como Patrimônio Imaterial da Bahia.
Os blocos afro Bankoma, Cortejo Afro e Ilê Aiyê surgiram em terreiros da capital baiana. Eles reúnem a religiosidade e a ancestralidade, representada pela dança e a estética dos negros que vieram da África para o Brasil nos tempos da escravidão. E se engana quem pensa que somente em Salvador existem blocos afro. No Distrito Federal, o Afoxé Ogum Pá também dialoga com a religiosidade africana para colocar o bloco na rua. No Rio de Janeiro, há três décadas, o bloco Lemi Aiyó realiza um trabalho de resgate da cultura negra com crianças e adolescentes.
O frevo, ritmo que anima o carnaval pernambucano, é genuinamente recifense. Ele surgiu no século XIX, e tem influência da capoeira. Naquela época, os blocos de frevo do Carnaval tinham a tradição de competir entre si. Para proteger seus estandartes, era comum os membros dos blocos rivais brigarem. O ritmo acelerado é proposital: foi criado para animar os foliões. O frevo foi tombado patrimônio cultural imaterial da humanidade em 2012.
O tradicional Galo da Madrugada, um dos símbolos do carnaval de Pernambuco, tem 42 anos de carnavais ininterruptos. Este foi o primeiro ano que o bloco não desfilou pelas ruas do Recife no sábado de carnaval. Ele possui este nome pois seu primeiro desfile começou às 5 da madrugada, com apenas 75 foliões. Atualmente o Galo arrasta 1,5 milhão de pessoas e por isso entrou para o Livro dos Recordes como o maior bloco de Carnaval do mundo.
Em 1892, o ministro do interior, Cesário Alvim, decidiu mudar a data do Carnaval para junho, por problemas de infraestrutura e falta de limpeza das ruas. Nesse período, o Brasil lidava com o aumento de casos de Febre Amarela. Já em 1912, o motivo do adiamento foi a morte do ministro das Relações Exteriores, José Maria da Silva Paranhos Júnior, mais conhecido como Barão do Rio Branco. Diferentemente do que as pessoas pensam, durante a pandemia da Gripe Espanhola (1918-1920), as festividades foram mantidas.